Todos os anos, no dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Diabetes. A data foi escolhida para conscientização a respeito da doença, do seu impacto na saúde e bem estar das pessoas e para apresentar estratégias efetivas de prevenção e controle.

As estatísticas mais recentes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), apontam uma estimativa, em 2019, de 463 milhões de pessoas adultas, entre 20 e 79 anos, vivendo com diabetes no mundo. As projeções para 2030 e 2045 mostram aumento desta população para 578 e 700 milhões, respectivamente.

No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), estima-se que 16,8 milhões de pessoas adultas vivem com a doença. Este número coloca o Brasil em 1º lugar na América Latina e em 5º lugar no mundo entre os países com maior número de pessoas diabéticas. Um em cada nove brasileiros têm diabetes.

Além disso, por se tratar de uma doença silenciosa, como já abordamos no artigo Diabetes: uma doença silenciosa, 50% das pessoas com a doença ainda não foram diagnosticadas. Em 2017, a diabetes figurava como a 3ª maior causa de morte no Brasil.

A campanha deste ano reforça a importância dos profissionais no atendimento de pacientes diabéticos com o slogan: “Enfermeiros fazem a diferença. Seu tratamento precisa ser contínuo. E a informação também.”

 

O diagnóstico laboratorial da diabetes: os marcadores clássicos e os novos marcadores

O diagnóstico laboratorial da diabetes mellitus pode ser realizado por meio de determinação de glicose (em jejum ou após teste oral de tolerância a glicose) e de hemoglobina glicada (HbA1c). Tratamos dos marcadores clássicos da diabetes no artigo Diabetes: uma doença silenciosa.

A glicose (C6H12O6) é um carboidrato, podendo ser encontrada em sua forma cíclica ou aberta, contendo diversos grupos hidroxila (-OH). “É a nossa principal fonte de energia, sendo utilizada no processo respiratório, para gerar CO2, H2O e energia, em uma reação de combustão”, explica a especialista de produtos da Labtest Bárbara de Morais. A glicose não consumida no processo respiratório pode ser armazenada na forma de glicogênio. E seus níveis no sangue são regulados por hormônios, incluindo a insulina e glucagon.

O acúmulo de glicose no sangue ocorre quando há problemas nesse processo de regulação. Assim, a dosagem de glicose no sangue reflete o momento atual do paciente. Outro reflexo deste excesso de glicose no sangue é a formação de proteínas glicadas.

“A glicação de proteínas ocorre pela reação não-enzimática de um grupo amino (-NH2) livre presente em uma proteína e o grupo aldeído da glicose. O composto formado, inicialmente, é uma Base de Schiff, que contém um grupo imina, Entretanto, este composto é pouco estável e se converte em uma cetoamina através do rearranjo de Amadori, dando origem às proteínas glicadas”, salienta Bárbara.  

Quando esta reação ocorre com a hemoglobina, o produto é a HbA1c. A determinação deste analito reflete os níveis glicêmicos dos últimos 2 a 3 meses. Quando a mesma reação acontece com outras proteínas, o produto é a frutosamina. Este é o nome genérico para todas as proteínas glicadas e cerca de 80% destas correspondem à albumina. De forma análoga à HbA1c, a frutosamina também indica os níveis glicêmicos ao longo do tempo, entretanto, é mais precoce que a HbA1c, indicando os níveis nas últimas 2 a 3 semanas.

Nos últimos anos, o interesse por outros marcadores para diagnóstico e monitoramento da diabetes tem crescido devido à algumas limitações dos marcadores clássicos, sejam clínicas ou analíticas. Um exemplo é a frutosamina, que mencionamos acima, e que no Brasil tem sido empregada no monitoramento de tratamento de pacientes com restrições para dosagem de HbA1c ou para avaliação de tratamentos em períodos mais curtos.

 

Dosagem de frutosamina e a solução Labtest

Vários métodos foram desenvolvidos ao longo dos anos para a determinação de frutosamina. Contudo, apenas na década de 80, o método mais utilizado atualmente foi publicado na literatura científica. Este método consiste na capacidade da frutosamina  de reduzir sais de tretrazólio em meio alcalino. Rápido, reprodutível e com bom custo benefício, este método permitiu a automação das dosagens de frutosamina.

A Labtest disponibiliza em seu portfólio o reagente Frutosamina Ref. 97 para determinação de frutosamina em amostras de soro e plasma (EDTA ou heparina). “O sistema emprega metodologia colorimétrica por reação de redução do azul de nitrotetrazólio (NBT) em pH alcalino. O calibrador está incluso no kit e o sistema tem intervalo operacional de 20 µmol/L a 800 µmol/L”, comenta Bárbara. Além disso, o produto tem aplicação monorreagente com estabilidade do reagente de trabalho de até 30 dias, se armazenado entre 2 a 8 °C. “Deve-se evitar a exposição do reagente de trabalho ao ambiente, após pipetagem dos volumes necessários para teste, o frasco do reagente de trabalho deve ser vedado”, finaliza Bárbara. 

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