Diagnóstico In Vitro (IVD) é uma ferramenta que ajuda os médicos na identificação de doenças ou no controle da saúde de um paciente. Trata-se de exames que são realizados fora do corpo do paciente a partir da coleta de amostras

 

Grande aliado de médicos e pacientes, o Diagnóstico In Vitro (IVD) é um dos procedimentos mais comuns na medicina laboratorial. Prova disso é que pesquisas internacionais mostram que 66% das decisões clínicas são influenciadas pelos resultados do IVD. Mas o que exatamente é o Diagnóstico In Vitro?

O Diagnóstico In Vitro é  uma ferramenta indispensável para diagnóstico e monitoramento de doenças, prognóstico e para prever a resposta ao tratamento. O termo “in vitro” vem do latim e significa “em vidro”. Na área da saúde, o termo é oposto ao termo “in vivo”, que remete a procedimentos realizados no corpo do paciente.

O IVD é todo diagnóstico realizado fora do corpo. É preciso que seja coletada uma amostra do paciente para que o procedimento seja realizado. A associação do resultado da análise da amostra com os sinais clínicos, ou seja, os sintomas, permite o médico dar o diagnóstico ao paciente“, explica a coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Labtest, Patrícia Donado Vaz de Melo.

 

MEDICINA LABORATORIAL E ANÁLISES CLÍNICAS

 

O Diagnóstico In Vitro é uma prática comum tanto da medicina laboratorial quanto das análises clínicas. Patrícia explica que, no primeiro caso, a análise é feita a partir da retirada de um tecido do paciente, por exemplo, no caso das biópsias. Já nas análises clínicas, o material usado corresponde a amostras de sangue, fezes, urina e líquor (líquido da espinha).

“A diferença é muito sutil. A medicina laboratorial é um pouco mais ampla por englobar a análise de tecidos. Já as análises clínicas estão associadas a exames laboratoriais que compreendem a coleta da amostra, o uso de reagentes e uso do microscópio. As análises clínicas se associam também a uma reação química em seu processo“, afirma Patrícia.

Segundo pesquisadora Labtest Andreza Belo, as análises clínicas são divididas em três fases: a pré-analítica, a analítica e a pós-analítica. “A primeira delas é quando o paciente chega ao laboratório. É preciso verificar se ele fez a preparação correta, por exemplo, o tempo de jejum. Isso pode influenciar nos resultados. Em seguida, é a fase analítica, em que a análise propriamente dita é realizada. Nesta fase, há várias coisas que são importantes como a qualidade e a calibração do reagente. Na fase pós-analítica, há a análise e a liberação do resultado“, explica.

 

O QUE SÃO REAGENTES?

 

No Diagnóstico In Vitro, o uso de um bom reagente é essencial para garantir a exatidão dos resultados. Segundo Patrícia Melo, reagentes são substâncias químicas que reagem com o analito (componente químico em uma amostra). Por exemplo, nos exames para quantificar a glicose, mistura-se uma pequena quantidade de soro do paciente a um reagente específico para determinação de glicose. Com isso, acontece uma reação química. O reagente muda de cor dependendo da quantidade de glicose que há na amostra. O resultado dessa reação é quantificada por equipamentos específicos.

No Centro de Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia (CDICT) da Labtest, os pesquisadores desenvolvem reagentes de qualidade para as análises clínicas. Patrícia explica que, para isso, o primeiro passo é a  realização de pesquisas para identificação dos melhores métodos a serem adotados.

“Também pesquisamos o que já existe no mercado. A partir disso, identificamos qual é melhor modelo. Então, desenvolvemos o reagente e fazemos vários ensaios para demonstrar sua eficácia. Por exemplo, testamos diversas amostras em horários diferentes para garantir que a determinação está correta”, esclarece.

A coordenadora também defende que fabricantes de produtos IVD têm papel importante na redução de erros de laboratório. Isso garante a alta segurança e eficácia de seus produtos. “É necessário que tanto os laboratórios quanto as empresas de diagnóstico tenham responsabilidade para com médicos e pacientes. Por isso, não é qualquer empresa que é capaz de desenvolver um reagente. São necessárias pessoas capacitadas e com conhecimento necessário para isso”.

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