A vida moderna trouxe consigo uma série de desafios e pressões que muitas vezes podem afetar nossa saúde mental, e um dos problemas mais prevalentes e preocupantes desse cenário atual é a Síndrome de Burnout, uma condição que afeta um número crescente de pessoas em todo o mundo. 

Devido ao seu crescimento acentuado, se faz ainda mais importante abordar sobre esse assunto. Por isso, neste artigo, exploraremos o que é a síndrome de burnout, como identificá-la, preveni-la e tratá-la. 

Então, continue a sua leitura e entenda como podemos proteger nossa saúde mental no ambiente de trabalho e na vida cotidiana.

 

O que é a Síndrome de Burnout?

 

A Síndrome de Burnout é um estado de esgotamento físico, emocional e mental causado por uma exposição prolongada ao estresse crônico, comumente associado a rotina não saudável de trabalho.

Por curiosidade, a tradução do inglês pode ser entendida como “burn”, que quer dizer “queima”, e “out”, que significa “exterior”.

Ela é frequentemente associada ao ambiente de trabalho, mas pode afetar qualquer pessoa que esteja sob pressão constante em sua vida pessoal ou profissional. 

Contudo, embora não seja classificada como uma doença mental no sentido tradicional, a síndrome de burnout pode ter sérios impactos na saúde física e mental de uma pessoa, podendo gerar até mesmo um estado de depressão profunda no indivíduo.

Seus sintomas são muitos e podem variar em cada caso. Para entender melhor sobre isso, confira o tópico abaixo!

 

Sintomas comuns da Síndrome de Burnout

 

Identificar a síndrome de burnout é fundamental para evitar consequências mais graves. Para isso, é crucial que sejam identificados alguns sintomas de alerta, como: 

 

1. Esgotamento físico e mental

 

Um dos sinais mais claros de burnout é a sensação constante de cansaço físico e mental, independentemente do descanso. 

Aqui, é comum que as tarefas que antes eram realizadas com facilidade tornem-se extremamente desgastantes e cada vez menos prazerosas. 

Importante ressaltar que esse esgotamento impacta não só a rotina de trabalho do indivíduo, mas também outras áreas da vida.

 

2. Sentimentos de fracasso e insegurança

 

Um indivíduo afetado pela Síndrome de Burnout sente, frequentemente, um forte sentimento de fracasso e insegurança.

Isso porque o burnout, muitas vezes, leva a uma queda significativa no desempenho no trabalho. Com isso, as tarefas que antes eram realizadas com eficiência podem se tornar difíceis de concluir, e a produtividade pode cair drasticamente.

Sendo assim, esses sentimentos tendem a impactar negativamente a autoestima da pessoa, podendo gerar consequências para a saúde mental e física a longo prazo.

 

3. Sintomas físicos

 

A Síndrome de Burnout também pode manifestar-se por meio de sintomas físicos, como dores de cabeça, dores musculares, problemas gastrointestinais e distúrbios do sono.

Essa é uma forma do seu corpo dizer que algo não está certo. Por isso, é importante ter atenção a esses sintomas.

Outros sintomas da síndrome:

  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Fadiga;
  • Pressão alta;
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

 

7 fatores no trabalho que podem gerar burnout

 

Engana-se quem pensa que essa síndrome só é gerada a partir do excesso de trabalho. Afinal, uma série de fatores pode aumentar o risco de desenvolver burnout em um profissional.

Abaixo, listamos 7 exemplos para que você consiga identificar fatores que podem desencadear a condição: 

  1. Carga de trabalho excessiva
  2. Falta de controle e autonomia
  3. Ambiente de trabalho tóxico
  4. Expectativas irrealistas
  5. Falta de recursos e reconhecimento
  6. Desalinhamento entre trabalho e objetivos de vida pessoal
  7. Falta de conexão com o trabalho desenvolvido

 

Ao identificar que você ou uma pessoa próxima está passando por alguma dessas situações, fique em alerta.

Observe os sintomas e, se precisar, procure ajuda especializada ou tente reverter a situação traçando novos objetivos profissionais ou elaborando planos de ação para a mudança de emprego. 

 

Diagnóstico da síndrome

 

O diagnóstico da Síndrome de Burnout é estabelecido por um profissional especializado após uma avaliação clínica minuciosa do paciente.

Nesse caso, tanto psiquiatras quanto psicólogos são os profissionais de saúde capacitados para identificar esse problema e guiar o tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada caso.

Infelizmente, muitas pessoas não procuram ajuda médica devido à falta de conhecimento sobre os sintomas ou à dificuldade de identificá-los completamente. 

Por isso, é importante ressaltar que amigos e familiares próximos desempenham um papel crucial no início desse processo, auxiliando a pessoa a reconhecer os sinais que indicam a necessidade de apoio profissional.

Dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer tratamento completo e gratuito, que abrange desde o diagnóstico até a possível terapia medicamentosa. 

Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços integrantes da RAPS, são as instalações mais recomendadas para buscar ajuda e assistência.

 

Tratamento e prevenção

 

O tratamento da Síndrome de Burnout geralmente se baseia na psicoterapia como pilar principal, podendo também incorporar o uso de medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos, quando apropriado. 

Os efeitos benéficos do tratamento costumam manifestar-se em um período de um a três meses, embora a sua duração possa variar de acordo com a gravidade de cada caso. 

Além disso, são necessárias mudanças nas condições de trabalho e, sobretudo, na adoção de hábitos e estilos de vida mais saudáveis.

Nesse caso, a prática regular de atividade física e exercícios de relaxamento desempenham um papel crucial na redução do estresse e no controle dos sintomas da Síndrome de Burnout. 

Além disso, após o diagnóstico médico, é altamente recomendado que a pessoa tire férias e participe de atividades de lazer com seus entes queridos, como amigos, familiares e cônjuges.

Os sinais de agravamento da Síndrome de Burnout se tornam evidentes quando a pessoa não segue o tratamento adequado. 

Isso pode levar a uma intensificação dos sintomas, incluindo uma perda completa de motivação e distúrbios gastrointestinais. 

Nos casos mais severos, a pessoa pode até mesmo desenvolver uma depressão, o que, frequentemente, justifica uma avaliação detalhada e, se necessário, intervenções médicas, incluindo a possibilidade de internação.

Portanto, para prevenir a doença, o indivíduo pode praticar, na sua rotina, uma série de ações que podem evitar que a síndrome se instale.

Para isso:

  • Diga “não” quando necessário, estabelecendo limites claros;
  • Encontre maneiras saudáveis de lidar com o estresse;
  • Mantenha uma comunicação aberta e honesta com seu supervisor e colegas de trabalho;
  • Defina metas que sejam alcançáveis e realistas. Isso reduzirá a pressão que você coloca sobre si mesmo;
  • Cuide de sua saúde física: uma dieta equilibrada, exercícios regulares e sono adequado são fundamentais;
  • Se você sentir que está à beira do burnout, não hesite em buscar ajuda profissional. 

 

Com conscientização, prevenção adequada e o tratamento quando necessário, podemos proteger nossa saúde mental e evitar que o burnout prejudique nossa qualidade de vida. 

Lembre-se de que você não está sozinho(a); há apoio disponível para aqueles que enfrentam essa condição. Portanto, priorize sua saúde mental, estabeleça limites e busque ajuda quando necessário.

E se você ou alguém que você conhece está enfrentando a Síndrome de Burnout, não hesite em buscar ajuda profissional. A Labtest está aqui para fornecer informações valiosas e suporte em sua jornada para a recuperação e bem-estar.