Saiba quais são os principais recursos tecnológicos para que a gestão do negócio tenha sucesso

Antes mesmo de abrir as portas de um novo negócio em análises clínicas, é possível avaliar a sua probabilidade de sucesso. Ferramentas gratuitas do Google, por exemplo, permitem ao laboratório avaliar o público que terá em determinada região – se vale a pena abrir o ponto, onde e como (com quais convênios ou atendimento particular). Na chamada “era digital”, é cada vez mais fácil e importante ter acesso a informações estratégicas e que permitem ao empreendedor planejar o negócio, buscar uma atuação de nicho, atender a públicos diferenciados ou crescer em determinada especialidade clínica. Os dados ajudam a gerar relatórios com base em perguntas específicas, por isso, é preciso ter foco e clareza de objetivos.

Este importante tema foi discutido no 46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, que aconteceu durante o mês de junho, em Belo Horizonte. Além dos conteúdos técnicos e científicos, a gestão do negócio continuou sendo destaque na programação. Nesse contexto, foi lembrada a necessidade de fazer a transformação digital nos laboratórios, considerando a mudança de comportamento dos consumidores, a oportunidade de crescimento em novos mercados, a pressão da concorrência e os novos padrões de conformidade exigidos pela legislação. Tudo isso exige um novo estilo de gestão, baseado na inteligência competitiva e na interface digital com os clientes.

Assim, é importante também estar atento à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Quando solicitado, o laboratório precisa confirmar se está utilizando dados do paciente e gerar acesso. Uma das formas de se manter dentro da lei é solicitar o consentimento do paciente. Para isso, a empresa deve prestar informações claras sobre o uso dos dados e pedir a permissão do titular para o uso legítimo das informações. As informações que são fornecidas como anônimas, por outro lado, ficam de fora do âmbito da lei nas situações em que não é possível identificar de quem são os dados. Essa exceção é importante para viabilizar a pesquisa científica e também a divulgação de dados que possam gerar interesse em nível amplo, como a vacinação ou aumento de infecção por determinadas doenças.

Sobre o laboratório na era digital, palestrantes do Congresso destacaram alguns dos pilares da gestão moderna, tais como customer experience e a validação de protótipos de projetos com clientes, destacando a importância de engajá-los. Além disso, lembraram que é fundamental otimizar operações, capacitar colaboradores e transformar produtos, tendo em vista as inovações, principalmente. Algumas aplicações digitais, como o Analytics, foram apontadas como relevantes: elas são diferentes das ferramentas de BI porque “olham pra frente”. Nesse sentido, os laboratórios precisam valorizar a formação estatística ou em matemática de profissionais que podem atuar de forma estratégica nas empresas, com o objetivo de criar modelos preditivos para a resolução de problemas. Essa inteligência do negócio permite, por exemplo, melhorar logísticas de distribuição.

Outras aplicações digitais também foram apresentadas e discutidas no evento, tais como os sistemas de exames por imagem com recursos de inteligência artificial, a integração de exames, iniciativas de blockchain (blocos de informação confiáveis e minerados na internet, sem intermediários), portais de relacionamento exclusivo com clientes e com recursos de automação, logísticas onboarding, aplicativos que permitem relacionamento e agendamento online, chatbot e soluções baseadas em realidade virtual.

E o seu laboratório, como ele está digitalmente falando? Acompanhe nosso blog e veja as tendências e novidades do setor de análises clínicas!