Sai o Outubro Rosa, entra o Novembro Azul. O Brasil  tem se mostrado um país preocupado com a saúde preventiva  e essas campanhas são fundamentais para trazer uma maior conscientização sobre temas importantes para todos, incluindo a população masculina.

O Novembro Azul foi criado em 2003, na Austrália, com o título Movember, e iniciou no Brasil a partir de 2014, quando o Instituto Lado a Lado pela Vida realizou 2.200 ações em todo o País, por meio da iluminação de diversos pontos turísticos, como o Monumento às Bandeiras, em São Paulo, com o objetivo de alertar para a necessidade de prevenção ao câncer de próstata e diagnóstico precoce de outras doenças originárias desta glândula, como a prostatite e Hiperplasia Prostática Benigna (HPB).

De lá para cá, o movimento ganhou corpo e ações diversas têm sido realizadas, alertando para a gravidade da situação, principalmente em tempos de pandemia. É o que comprova levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o órgão, somente para 2020 são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata e, muitos deles podem não ser diagnosticados a tempo por conta do isolamento social.

Prova disso é que houve uma queda de 70% das cirurgias oncológicas e diminuição de 50% a 90% das biópsias enviadas para análise. Diante desse quadro, estima-se que entre 50 mil a 90 mil brasileiros deixaram de receber diagnóstico de câncer nesse período.

Este quadro de falha pode agravar ainda mais os números da doença. Diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com a doença, sendo a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil.

 

Autocuidado

Diante deste cenário, torna-se ainda mais importante o autocuidado para prevenir a doença e, consequentemente, salvar vidas. Algumas dicas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), neste sentido, são:

  •         Homens, a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um urologista, com o objetivo de diagnosticar precocemente o câncer de próstata, por meio do exame de toque retal ou de sangue PSA, que permitem ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos.
  •         Homens que integram o grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata) devem fazer o exame, a partir dos 45 anos.
  •         Outros exames podem ser solicitados, caso haja suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise.

 

Sintomas

Como destacamos, o Novembro Azul propõe, a partir da prevenção, o diagnóstico precoce do câncer de próstata, que é assintomático em sua fase inicial, quando em 90% dos casos ele pode ser curado, desde que diagnosticado precocemente. Em fases mais avançadas, aparecem os seguintes sintomas:

  •         Vontade de urinar com frequência.
  •         Presença de sangue na urina ou no sêmen.
  •         Dor óssea.

 

Fatores de risco

Tão importante quanto a prevenção, é entender os fatores de risco que podem levar à incidência do câncer de próstata, com destaque para:

  •         Histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio.
  •         Homens da raça negra estão mais predispostos a ter a doença.
  •         Obesidade

 

Tratamento

Agora, se a realização dos exames indicar a ocorrência do câncer de próstata, alguns tipos de tratamento são recomendados:

  •         Para doença localizada (que só atingiu a próstata, sem se espalhar para outros órgãos), é recomendada a cirurgia, radioterapia e observação vigilante (em algumas situações especiais).
  •         Para doença localmente avançada, indica-se a radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal.
  •         Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais apropriado é a terapia hormonal.

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