O mercado de trabalho está constantemente se transformando, e empresas e profissionais que não se adaptam ficam atrás da concorrência. Nos laboratórios, não é diferente. Além do avanço tecnológico, sempre trazendo novos métodos e produtos, o perfil do profissional também tem mudado.

Além das habilidades técnicas e da qualificação profissional, os laboratórios buscam profissionais que apresentem um bom desempenho no que se refere às habilidades comportamentais. Visão estratégica, capacidade de apresentar soluções inovadoras e valores alinhados com a empresa são diferenciais que complementam o certificado e enriquecem o currículo.

Neste artigo, confira como encontrar um profissional qualificado para o seu time e, tão importante quanto, como lapidar e manter esse talento na empresa.

Alinhando valores e expectativas

Independentemente do segmento do seu negócio, buscar pessoas engajadas com o propósito e valores da empresa é tão importante quanto o volume de experiência no currículo.

Um profissional com valores sólidos, visão de futuro e engajamento com o seu negócio utilizará todas as suas habilidades de maneira mais eficiente, e também estará mais disposto a desenvolver aquelas que ainda não possui. Já aquela pessoa desmotivada, ou sem conexão com sua proposta, fará apenas aquilo que ele é designado para fazer na sua rotina.

Para identificar quais esses valores e competências que serão necessários, é preciso estruturar uma entrevista para entender o perfil do candidato, e utilizar a aplicação de ferramentas de análise de perfil comportamental que irão corroborar essas informações, como explica a Coordenadora de Recursos Humanos da Labtest, Bruna Ribeiro Antonucci.

“Na Labtest, utilizamos perguntas e cases onde é possível captar os valores e habilidades dos candidatos, além de ferramentas que explorem o conhecimento teórico, mas foque também as atitudes e postura do candidato. Dessa forma, conseguimos selecionar colaboradores que estão em sintonia com a proposta da empresa”, explica.

Domínio teórico X Experiência prática

Nos campos estritamente técnicos, como é o caso de um laboratório, o conhecimento acadêmico sempre prevaleceu. Não à toa, uma indústria de cursos preparatórios se formou oferecendo a promessa de uma vaga nas melhores universidades. Mas esse cenário está mudando.

Não que um certificado seja irrelevante, mas, na nova lógica de mercado, a experiência vem vencendo a formação teórica. A prática com o negócio e o conhecimento aplicado agregam mais valor, porque são mais difíceis de ensinar ou treinar.

Por isso, grandes empresas vêm focando os processos de recrutamento, visando considerar quais competências o candidato já domina, e também dar suporte com treinamento e acompanhamento para o desenvolvimento ou a aquisição de novas habilidades.

Mantendo um time de ponta

Tão importante como contratar profissionais de qualidade, um dos desafios para as empresas é manter seus talentos. As novas gerações – chamadas geração Y, X ou Millennials – não estão preocupadas apenas com um bom salário e estabilidade no emprego. Elas buscam também criar uma conexão dos seus propósitos pessoais com a empresa, e para isso demandam um ambiente que possibilite um crescimento saudável, respeitando sua autonomia.

Os programas de desenvolvimento e benefícios hoje precisam demonstrar ao colaborador que a empresa está preocupada não só em bater metas, mas que ela está compromissada com sua saúde e bem-estar de uma forma que vá além do plano de saúde e odontológico, como conta Bruna.

“Se você olhar hoje para as melhores empresas para se trabalhar, verá que elas têm em comum um clima laboral leve e descontraído, compromissos com escutar seus colaboradores, combater práticas de assédio e pressão para minimizar o stress diário das atividades. Essas práticas fazem a diferença para que o colaborador vista a camisa da empresa e se orgulhe de estar lá”, afirma.

A prática de oferecer um feedback constante, uma hierarquia mais horizontal e menos de cima para baixo, e uma comunicação clara e direta reforçam o propósito da empresa e motivam os colaboradores. Sem essa conexão não existe retenção, porque ninguém fica onde não enxerga valor no que faz.

Gostou desse post? Para saber mais sobre gestão, confira também a discussão levantada pela Labtest sobre a Gestão de custos do Laboratório Clínico.