Dezembro laranja: como cuidar da pele no verão?
27 dez 2021
O verão é época de sol, praia e piscina. Por isso, os cuidados que tomamos com a nossa pele devem ser redobrados. Com as altas temperaturas da estação, há uma maior incidência de queimaduras de pele, aumentando as chances de desenvolver câncer de pele.
Para se manter saudável e prevenir o câncer de pele no calor do verão em um país tão tropical como o Brasil, é importante adotar algumas medidas: manter a pele livre do suor excessivo e devidamente hidratada, beber bastante água durante o dia, usar protetor solar com o fator de proteção correto para o seu rosto e corpo e evitar as horas mais quentes do dia são alguns dos pontos mais importantes para combater o câncer de pele.
O que é o câncer de pele e como ele surge?
O câncer de pele pode ser dividido entre câncer de pele melanoma e não melanoma.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
O câncer de pele não melanoma é o tipo menos grave, com menor taxa de mortalidade, mas se não tratado de forma adequada, pode causar mutilações. Existem diversos tipos de tumores de câncer não melanoma, sendo os mais frequentes o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide.
Já o câncer de pele melanoma, é mais grave devido ao alto risco de ocorrer metástase. Esse tipo de câncer é mais comum em adultos brancos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais.
Correspondente a cerca de 30% dos tumores malignos registrados no Brasil, o câncer de pele não melanoma é o que mais diagnosticado no país e no mundo.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), com o diagnóstico precoce as chances de cura são altas. Essa prática consiste na investigação de sinais e sintomas como o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação ou com alterações em uma pinta já existente, além de manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em quatro semanas em áreas do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto, mãos e etc.
O câncer de pele é comum em pessoas com mais de 40 anos, dificilmente sendo diagnosticado em crianças e pessoas com a pele negra, com exceção, daquelas que já possuem doenças cutâneas. No entanto, a média de idade dos pacientes vem diminuindo nos últimos anos, devido a frequência com que os jovens têm se exposto ao sol sem os devidos cuidados.
O que são os fatores de risco?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), tudo o que afeta a chance de desenvolver uma doença, como o câncer de pele, pode ser enquadrado como um fator de risco.
Ter um ou vários fatores de risco não significa que você vai apresentar a doença. É importante ficar atento a qualquer mudança na sua pele. Por isso, é fundamental consultar o dermatologista se perceber sinais de alteração e manter todos os cuidados com o maior órgão do nosso corpo.
Quais são os fatores de risco mais comuns?
- Exposição à radiação ultravioleta (UV): esse é um importante fator de risco para a maioria dos melanomas. Os raios UV “machucam” o DNA das células da pele. O câncer de pele inicia quando esse “machucado” afeta o crescimento das células da pele. A luz solar, por exemplo, é a fonte mais comum de raios UV. Luzes artificiais, como lâmpadas fluorescentes ou de LED, e a luminosidade emitida pelas telas de aparelhos eletrônicos também são prejudiciais, mesmo que em menor grau.
- Pintas: as marcas de nascença ou pintas são consideradas tumores benignos. As pintas começam a aparecer em crianças, jovens e adultos e boa parte delas não causa qualquer problema à nossa saúde. Porém, pessoas com muitos desses sinais correm um risco maior no desenvolvimento do melanoma.
- Pintas displásicas: elas se parecem com as pintas normais, mas têm certas características do melanoma, como apresentar uma cor anomal, formas diferentes e são maiores. Aparecem tanto em peles expostas ao sol quanto em peles cobertas, como nádegas ou couro cabeludo. Algumas pintas displásicas podem evoluir para melanomas.
- Imunossupressão: pessoas que foram tratadas com medicamentos que modificam o sistema imunológico têm um risco aumentado de desenvolver o melanoma. Portadores de HIV, por exemplo, podem ter um sistema imunológico enfraquecido e correm maior risco da doença.
- Idade: apesar de maior ocorrência em pessoas mais velhas, ele é um tipo de câncer que também é diagnosticado nos mais jovens. Nos últimos anos, o melanoma tem sido o câncer mais comum entre pessoas com menos de 30 anos, principalmente em mulheres.
Como cuidar da pele e se prevenir contra o câncer?
- Evite longa exposição ao sol: principalmente das 10h às 16h. Esses são os horários com maior incidência dos raios solares, e, consequentemente, com maior recorrência de queimaduras de pele envolvendo exposição ao sol.
- Procure lugares com sombra: mesmo que o calor do verão seja um momento aguardado, principalmente em regiões frias e chuvosas do país, buscar uma boa sombra é sempre uma saída interessante.
- Use proteção adequada: roupas, bonés ou chapéus de abas largas são boas opções de acessórios para investir nesse verão. Também não se esqueça de usar óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
- Use protetor solar: aplique o filtro solar na pele antes de se expor ao sol com, no mínimo, fator de proteção 15. Lembre-se de reaplicar a cada duas horas, mesmo no caso de filtros solares à prova d’água. A mesma regra vale após um mergulho ou grande transpiração.
- Cuide das tatuagens: as tintas de cor escura, presentes na maioria dos desenhos, podem esconder alguma lesão não visível aos nossos olhos e, por isso, merecem atenção redobrada. Usar protetor solar específico para tatuagens é uma boa opção nesses casos.
Agora que você sabe como se proteger contra o câncer de pele, aproveite os dias de sol com segurança!
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