Mesmo com a passagem de ano, os laboratórios de análises clínicas devem intensificar os cuidados para manter o atendimento aos pacientes. Considerado um dos serviços essenciais para fazer o diagnóstico correto da COVID-19, gestores do setor de medicina diagnóstica já estão se preparando para a campanha de vacinação contra o vírus, que deve começar no país nos próximos meses.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já informou quais são os grupos prioritários para receber a vacina. Divididas em três estágios, os profissionais de saúde e os assistentes sociais estão entre os primeiros da fila, seguido pelos idosos acima de 65 anos e grupos de risco e, no terceiro estágio, estão outros grupos prioritários. 

O início da campanha de vacinação não significa que estaremos livres de qualquer risco. Devido à indisponibilidade de vacinas para todos, boa parte da população mundial ainda deve ficar desprotegida por um período indeterminado. Além disso, a vacina não é 100% eficaz e o seu transporte e armazenamento envolvem condições especiais. Por esses motivos, a realidade dos laboratórios não deve mudar tão cedo.

 

Mudanças nos laboratórios que permanecem para 2021

Para recapitular as mudanças ocorridas em 2020, mas que continuam válidas para o momento atual, indicamos a leitura do artigo “Descubra as tendências dos laboratórios de análises clínicas no ‘novo normal”. Seguindo as orientações dos órgãos sanitários e de entidades representativas de biossegurança, os principais desafios dos laboratórios estão mais associados com os tópicos abaixo, com destaque para o último: 

  • Segregação de pacientes que apresentam sintomas respiratórios.
  • Disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 
  • Aumento da descontaminação nos ambientes sociais. 
  • Distância entre os pacientes. 
  • Coleta de exames domiciliares ou em drive-thru.
  • Envio de laudos a distância.  
  • Kit de reagentes que atendam os critérios de qualidade analítica especificados para resultados seguros e confiáveis.

Praticamente, todos os pontos estão ligados em como evitar a proliferação do vírus, mas somente o último está mais relacionado com qual tipo de produto escolher para trabalhar. O mercado de medicina diagnóstica disponibiliza reagentes com diversas metodologias para diagnóstico e auxílio ao diagnóstico da COVID-19, utilizando diferentes tipos de materiais biológicos, como: swabs coletados das vias aéreas superiores e inferiores, saliva, sangue, soro, plasma, entre outros. 

Com o aumento do número de casos da doença, a procura por exames para triagem e diagnóstico da COVID-19 também aumentam. Exames que detectam o material genético e os antígenos virais indicam infecção ativa e apresentam os melhores resultados no início do curso sorológico da doença. Cabe ressaltar que, até o momento, a metodologia considerada padrão ouro para o diagnóstico da COVID-19 é a RT-PCR, que detecta o RNA viral. Já os exames para identificação de anticorpos (IgA, IgM e/ou IgG) indicam contato prévio com o SARS-CoV-2 e demonstram resultados mais adequados na fase mais tardia da janela imunológica. Cada exame tem sua importância e é mais indicado para um determinado período da resposta imunológica após infecção pelo novo coronavírus. 

Desta forma, o fornecimento de todos esses serviços envolvem um custo para a gestão dos laboratórios, desde a criação de salas especiais para quem apresenta sintomas até aos reagentes confiáveis e seguros, o que abre margem para falar como está o mercado de medicina diagnóstica.

 

Dados sobre o setor industrial e de medicina diagnóstica

O mercado de medicina diagnóstica faz parte da indústria química, um dos setores que mais vem trabalhando para chegar em uma solução para o momento que atravessamos. O último Índice de Confiança Empresarial Industrial (ICEI), realizado em dezembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o setor químico é um dos mais confiantes, com 65,1 pontos. Com variação de 0 a 100 pontos, o ICEI com valores acima de 50 pontos demonstra confiança do empresário. 

Antes mesmo da pandemia da COVID-19 começar, estudos já apontavam que a demanda por exames cresceria, a exemplo das projeções do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Elas indicam que o número de exames deve mais que dobrar de 2015 até 2030, chegando a movimentar mais de R$ 25 bilhões por ano.  Tem alguma dúvida ou sugestão sobre o assunto? Comente e contribua para ampliarmos os conteúdos dos nossos posts! Consulte também nossas publicações e assine a nossa newsletter para acompanhar as novidades.