Os rins são órgãos de extrema importância para nossa sobrevivência, por isso, a medicina laboratorial tem o desafio de garantir o desenvolvimento e a realização de exames que permitam diagnósticos mais corretos possíveis.

Os rins são responsáveis pelo balanço da química interna de nossos corpos. São eles que eliminam as toxinas; regulam a formação do sangue e a produção dos glóbulos vermelhos; regulam nossa pressão sanguínea; e controlam o delicado balanço químico e de líquidos de nosso corpo. Ou seja, nossa sobrevivência depende do funcionamento dos rins.

Quando a atuação desses órgãos é comprometida, configura-se um quadro de insuficiência renal, que pode ser classificada em aguda, quando os rins param de funcionar de maneira rápida, porém, temporária, ou crônica, quando há perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), um em cada dez brasileiros apresenta algum tipo de alteração nos rins. Além disso, a taxa de mortalidade causada pela Insuficiência Renal Aguda é de 50%, segundo a SBN.

 

Marcadores sensíveis

 

Os dados fornecidos pela SBN associados à importância da função renal para a sobrevivência humana demonstram como a avaliação é um desafio relevante para a medicina laboratorial. Normalmente, os exames laboratoriais focados na avaliação da função renal tentam medir o ritmo de filtração glomerular (RFG), que, em geral, indica o número de néfrons funcionais (unidades renais responsáveis pela filtração e formação da urina).

Para isso, são utilizados diferentes marcadores capazes de medir a taxa de filtração glomerular e, consequentemente, revelar os riscos de complicações e ajustes terapêuticos. Entre os marcadores mais conhecidos para fornecer informações sobre o estágio e evolução das funções e até lesões renais estão a ureia, a microalbuminúria e a proteinúria. Entretanto, existem marcadores mais sensíveis que apresentam benefícios para a medicina laboratorial. Conheça:

 

Creatinina: trata-se de um marcador bastante conhecido e útil da função renal. Entretanto, quando se percebe a alteração deste parâmetro, o dano renal já está instalado, portanto torna-se necessário a utilização de marcadores mais precoces.  Além disso, ela é afetada pela taxa de filtração glomerular e por fatores como idade, sexo, raça, dieta, massa muscular, drogas e métodos analíticos laboratoriais. Uma maneira de reduzir interferência analítica na dosagem da creatinina é a utilização da Creatinina Enzimática.

 

Cistatina-C: é uma proteína produzida pelas células de maneira constante, sem sofrer alterações devido à massa muscular dos indivíduos ou alterações decorrentes de processos inflamatórios. É encontrada no plasma e soro humanos, sendo livremente filtrada pelos glomérulos renais. Por ser quase completamente absorvida e metabolizada pelas células dos túbulos proximais, não é secretada por qualquer via extra-renal. Assim, a concentração de Cistatina C no plasma é quase exclusivamente determinada pelo Ritmo de Filtração Glomerular (RFG), fazendo com que esta proteína se torne um excelente marcador de função renal. O exame laboratorial para determinação dessa proteína possui vantagens em relação à avaliação clínica de rotina da função renal, pois é mais exata que a determinação da creatinina plasmática, além de ser mais confiável que a depuração de creatinina por 24 horas. Há ainda um crescente grupo de evidências que sugerem que a Cistatina C pode ser utilizada para detectar doenças renais mais precocemente que a creatinina sérica.

 

NGAL: O neutrophil gelati­nase-associated lipocalin, lipocalin-2, siderocalin ou NGAL é uma pe­quena proteína expressa pelos neutrófilos e alguns epitélios, incluindo os túbulos renais. Após a ocorrência de algum dano nos epitélios renais, as concentrações de NGAL aumentam drasticamente em um curto intervalo de tempo, tornando esta proteína um excelente marcador renal de fase inicial de lesão renal aguda, mais precoce que a Cistatina-C e Creatinina. Este fato favorece prognósticos mais acertados e pode promover menor tempo de internação do paciente e consequente  redução dos custos hospitalares.

 

Todos esses marcadores são comercializados pela Labtest, inclusive o NGAL, ainda uma novidade no Brasil. Devido ao desafio que é a avaliação da função renal para a medicina laboratorial, a Labtest procura oferecer alto padrão de qualidade e a excelência para os laboratórios. Todos os reagentes comercializados pela Labtest tem sua qualidade reconhecida por programas internacionais de excelência em medicina laboratorial.

 

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