A diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada pela elevação de glicose no sangue, acometendo mais de 13 milhões de pessoas no país, o que representa 6,9% da população nacional, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). O artigo “Diabetes: uma doença silenciosa” aborda todas as particularidades da doença e a importância do diagnóstico precoce e do constante monitoramento dos pacientes diabéticos. 

A causa da diabetes está relacionada à produção insuficiente de insulina ou à resistência a sua ação pelo organismo. Isso é o que diferencia as diabetes do tipo 1 e 2. Embora ambas sofram influência genética, manter hábitos de vida saudável é a principal recomendação quando o assunto é a prevenção da doença e o cuidado do diabético.

Usando como referência o e-book “Autocuidado e diabetes em tempos de COVID-19”, produzido pela SBD, reunimos neste artigo alguns cuidados preventivos que pessoas diabéticas precisam ter durante esse período de pandemia do vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19.

 

Esclarecendo aspectos de pessoas diabéticas durante a COVID-19

Antes de mencionar quais as medidas preventivas, é importante esclarecer alguns aspectos dessa relação entre diabetes e a COVID-19. Desde o começo da pandemia gerada pelo novo coronavírus, os órgãos de saúde e representativos apontam uma relação de gravidade maior nas ocorrências de infecção em pessoas com condições preexistentes, entre elas, as diabéticas. Isso ocorre, pois quando a doença é mal controlada, o indivíduo fica mais suscetível a complicações graves, devido à baixa imunidade. 

Isso não significa que as pessoas com diabetes do tipo 1 e 2 têm maior risco de se contaminar pela COVID-19 do que a população em geral, mas estão mais propensas a complicações graves, uma vez que são acometidas pela doença, principalmente aquelas que estão acima do peso e idosos com 60 anos ou mais. 

No entanto, se os níveis de açúcar no sangue estiverem bem controlados, o risco de complicações pela COVID-19 é muito menor, quase igual ao das pessoas sem diabetes. Porém, se a taxa estiver elevada, o risco de sofrer uma série de complicações é maior, porque o sistema imunológico está comprometido para combater a infecção. 

Em caso de manifestação de sintomas leves de resfriado ou “síndrome gripal”, a recomendação é a mesma para a população em geral: permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias e procurar por atendimento médico, se apresentar dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito.

 

Cuidados para pessoas com diabetes durante a pandemia da COVID-19

Manter o controle da glicemia por monitorização, uso adequado da insulina ou medicação oral, alimentação saudável e atividades físicas são medidas importantes para que a pessoa com diabetes enfrente o novo coronavírus com menos riscos a sua saúde. Confira algumas dicas do e-book da SBD:

Alimentação saudável

Ter uma dieta balanceada é essencial para manter o funcionamento regular do organismo, controlar a glicemia e fortalecer o sistema imunológico. Entre os alimentos que devem ser priorizados, é importante se atentar pelos in 

natura e/ou minimamente processados, evitando os ultraprocessados, conforme orientação do Guia Alimentar da População Brasileira. Vale destacar que uma boa nutrição é apenas uma das formas de auxiliar na prevenção da doença e a melhora da qualidade de vida depende de um conjunto de outros cuidados.

Atividade física

Praticar exercícios físicos durante esse período de distanciamento social é importante, desde que você não esteja apresentando os sintomas da doença. O exercício ajuda a melhorar o controle metabólico da diabetes, uma vez que aumenta a captação de glicose e reduz a resistência à insulina. Além do hormônio funcionar melhor, a atividade física proporciona o controle de peso e protege o coração, fortalecendo o sistema imunológico e trazendo benefícios psicoafetivos. 

Antes de começar qualquer série, recomenda-se conferir a taxa de glicemia e, se possível, monitorá-la ao longo do dia. Lembre-se de manter por perto algum carboidrato de ação rápida, para controlar uma eventual hipoglicemia.

Acompanhamento das taxas 

Monitorar as taxas de glicemia e glicose, por meio de tiras de reagentes, glicosímetros e sensores de glicose intersticial, respectivamente, é indispensável para o tratamento, uma vez que a diabetes mal controlada pode deixar a pessoa mais suscetível a qualquer infecção viral ou bacteriana. 

Não use o álcool gel para higienização prévia dos dedos antes da punção. O tempo de secagem e o álcool gel formam uma película com substância ativa que demora mais para evaporar, impactando no resultado. Priorize sempre lavar as mãos com água e sabão ou álcool líquido 70% no local da punção e deixe secar bem antes de fazer o teste.

Saúde mental

Assim como qualquer outra doença, a diabetes sofre com a influência de fatores psicológicos. Quando nos estressamos, os hormônios liberados impactam diretamente na taxa de glicemia. Nessa situação de pandemia, buscar equilíbrio nas relações emocionais é fundamental. Lembre-se de manter as interações sociais com familiares e amigos, mesmo que a distância, seja por telefone ou plataformas disponíveis na internet. Isso ajuda a melhorar o estado emocional e favorece o tratamento de diabetes.

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