A campanha #DezembroVermelho é alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrada anualmente no dia 1º de dezembro. Essa infecção sexualmente transmissível (IST) é causada pelo vírus do HIV.

A campanha relembra sobre a importância da prevenção e da iniciativa sobre coletar informações precocemente, por meio de diagnóstico e exames periódicos.

O vírus do HIV e seus grupos

O HIV é um vírus de RNA (ácido ribonucleico) e divide-se em dois tipos: HIV-1 e HIV-2 que possuem similaridade genética de aproximadamente 50%.  O HIV-1 é subdividido em 4 grupos: M, N, O e P. É o mais comum mundialmente e a maioria das infecções são causadas pelo vírus HIV-1 do grupo M.

O grupo M, também chamado de grupo majoritário, diferencia-se em diversos subtipos. Em novembro deste ano, 2019, um novo subtipo foi descoberto, denominado de “L”. Curiosamente, nenhum novo subtipo havia sido identificado nos últimos 19 anos – o estudo foi publicado na revista Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes. Só foi possível identificar esse novo subtipo devido a um novo conjunto de técnicas denominado nova geração de sequenciamento (NGS). As amostras avaliadas nesse estudo são da República Democrática do Congo e foram coletadas entre 1980 e 2001.

O HIV-2 é encontrado em alguns países da Europa, Ásia e África. No Brasil, até o momento, foram registrados apenas casos de HIV-1.

Em 2018, o Ministério da Saúde revisou o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em adultos e crianças que contempla os fluxogramas recomendados para o diagnostico dessa IST. Esse foi um assunto abordado durante o 52º CBPC/ML, em Florianópolis.

Formas de prevenção e o Dezembro Vermelho

O vírus HIV pode ser transmitido por contato sexual sem proteção, contato com sangue contaminado (pela utilização de materiais perfurocortantes, compartilhamento de seringas, transfusão de sangue) e transmissão vertical (durante a gravidez, parto ou amamentação).

Os preservativos continuam sendo o método mais eficaz para prevenir muitas infecções sexualmente transmissíveis, como a AIDS, a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal).

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem. A campanha do Dezembro Vermelho deste ano tem como tema “HIV/aids. Se a dúvida acaba, a vida continua” e seu intuito é incentivar as pessoas, principalmente a população jovem, a realizar o teste para o diagnóstico da doença. Nos últimos anos, a taxa de infecção tem crescido entre os jovens com faixa etária entre 20 e 34 anos. Desde 2014 os laboratórios são obrigados a notificar os casos de infecção pelo vírus do HIV. O tratamento aos pacientes é fornecido gratuitamente pela rede pública de saúde (SUS), de forma segura e eficaz, o qual deve ser iniciado o mais rápido possível.

A transmissão vertical também é foco do Ministério da Saúde, sendo a eliminação desta forma de transmissão uma das prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde. Três municípios brasileiros detêm a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, dois no Estado do Paraná – Curitiba e Umuarama – e a capital paulista, São Paulo.

A campanha do Dezembro Vermelho de 2019 foi lançada no dia 29/11 e é uma das ações do Ministério da Saúde para prevenção e conscientização sobre a AIDS/HIV. Um vídeo está circulando nos principais veículos de comunicação e nas redes sociais.

Solução Labtest para o auxílio do diagnóstico do HIV

O diagnóstico da doença é primordial. Nesse intuito, a Labtest disponibiliza em seu portfólio o produto HIV Ref. 110, um teste rápido que contém antígenos recombinantes das glicoproteínas gp41 e gp36 que garantem alta sensibilidade e especificidade para este produto, conforme explica Bárbara de Morais, Especialista de Produtos da Labtest.

“Esse produto é capaz de identificar anticorpos anti-HIV-1, incluindo o grupo O, e anticorpos anti-HIV-2. É recomendado para amostras de sangue total, soro e plasma e o resultado é obtido entre 10 e 15 minutos”, acrescenta Bárbara.

O fluxograma que trata especificamente de testes rápidos, no Manual Técnico do Ministério da Saúde, prevê a utilização de dois testes rápidos para o diagnóstico e estes devem conter antígenos diferentes. O Ministério da Saúde recomenda que estes testes tenham sensibilidade maior ou igual a 99,5% e especificidade maior que 99,0%.

Caso a amostra seja classificada como “reagente”, o Manual recomenda que sejam realizados exames de quantificação da carga viral e contagem de linfócitos T-CD4+. Se a amostra for classificada como “não reagente” e persistindo-se a suspeita de infecção, a amostra deve ser testada novamente após 30 dias, considerando que o aparecimento de anticorpos ocorre entre 3 até 16 semanas após a infecção.

Sendo assim, prevenção, diagnósticos precisos, avanço de pesquisas da comunidade científica e campanhas de conscientização da doença, como o #DezembroVermelho, têm o poder transformador de minimizar a transmissão do HIV nos próximos anos, mundialmente.

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